segunda-feira, 20 de novembro de 2017

ÁREAS PROIBIDAS


Ponho o óculos
Investigo a pessoa amada
Que fica cismada
Meio sem jeito
Apesar de todo o meu respeito
Ela esconde no peito
A marca do amor.

Conheço-a quase toda
Todavia há regiões com a placa PROIBIDO
Alheias a libido
Algo inibido.

Por exemplo:
Não posso ainda conhecer o músculo glúteo
Onde parece existir glúten
Ou pólen.

Não tenho acesso às glândulas exócrinas
Tampouco às endócrinas
Nem às áreas exógenas
Onde cabe simplesmente o exclusivo poder
Poder de descoberta.

O sabonete da pessoa amada é mais forte que eu
Pois consegue caminhar sobre o território selado
E às vezes é quase atropelado
Pela maresia
Pelo ar
Do mar.

Nem imagino o custo
Para poder investigar o busto
O qual nunca fora verificado durante um lustro
Em pleno século vinte e um.

Bem poderia invadir o coração
Já que é livre
Mas prefiro adquirir a licença
Em Florença.







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