quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022

PÂMELA RODRIGUES

 




Tenho vinte e cinco anos de vida

morro de saudades dos catorze

e dos doze.


Era tão maravilhoso brincar de pula-corda

às vezes de esconde-esconde

ou amarelinha

onde a Renatinha

morria de rir.


A gente era bem mais feliz

não nos preocupávamos com obrigações

tudo parecia sadio

e nenhum vadio

aproveitava-se de algum vazio.


Naquela época

nada havia de brutalidade

reinava a ingenuidade

característica da puerilidade

ou da puberdade

- Sei lá.


Só sei que...

Éramos três 

o trio da alegria

eu

a Bia

e a Renata.


Parecíamos um conjunto de porquinhas

ou de rolinhas

à procura de brincadeiras

de baladeiras

para subirmos a ladeira

que dava acesso ao açude

da vovó Iracilda.


Atualmente sou escrava da correria

preciso trabalhar igual jumenta

nem há tempo de chupar um bombom de menta

que a chefe já surge fazendo careta e gritando:

- Vamos lá Pâmela Rodrigues!


Se eu pudesse

voltaria no tempo

retornaria à infância

mas... como não posso

abuso pelo menos do pensamento

logo apagado pelo vento.

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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...