Tenho vinte e cinco anos de vida
morro de saudades dos catorze
e dos doze.
Era tão maravilhoso brincar de pula-corda
às vezes de esconde-esconde
ou amarelinha
onde a Renatinha
morria de rir.
A gente era bem mais feliz
não nos preocupávamos com obrigações
tudo parecia sadio
e nenhum vadio
aproveitava-se de algum vazio.
Naquela época
nada havia de brutalidade
reinava a ingenuidade
característica da puerilidade
ou da puberdade
- Sei lá.
Só sei que...
Éramos três
o trio da alegria
eu
a Bia
e a Renata.
Parecíamos um conjunto de porquinhas
ou de rolinhas
à procura de brincadeiras
de baladeiras
para subirmos a ladeira
que dava acesso ao açude
da vovó Iracilda.
Atualmente sou escrava da correria
preciso trabalhar igual jumenta
nem há tempo de chupar um bombom de menta
que a chefe já surge fazendo careta e gritando:
- Vamos lá Pâmela Rodrigues!
Se eu pudesse
voltaria no tempo
retornaria à infância
mas... como não posso
abuso pelo menos do pensamento
logo apagado pelo vento.
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