Nem sei o que faço aqui em pé na esquina
Acho que fiquei louco
Pois corro perigo
Pode vir o inimigo
Amparado pelo indulto de natal
Quanto mal!
Já são quase vinte e três horas
A noite está sem lua
Eu corro risco de vida
Quando deveria está no quarto
Todo enrolado
No lençol.
O que me deu na cabeça, meu Deus?
Permaneço em pé na esquina
Fechou-se a oficina
Agora estou sozinho
Sentindo um vento estranho se achegando
Uma nuvem negra sobrevoando
Um morcego feioso voando
Um rosto monstruoso se aproximando.
O que será de mim?
Chamarei o querubim?
Continuar em pé na esquina não faz parte de mim
Por isso vou pegar o beco
Vou fugir desse bicho do braço seco
Vou me proteger
Vou correr.
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