Abro a boca
abro de novo
abro outra vez
continuo abrindo
sem paradeiro.
Acho que é sono
acho que pode ser fome
que me consome.
- O que será?
Será verme?
Pode ser também cansaço
por que trabalho com aço
isso é exaustivo.
Vou novamente abrir a boca
escancaro a bocarra
do tamanho do Maracanã
e minha irmã
rir de mim.
Bocejo sem parar
vou viajar
pro Pará
mês que vem
se Deus quiser.
Abro a boca
que coisa louca
não paro
disparo
num pranto de choro
então tomo água
não adianta.
Caio na cama
mesmo cheio de lama
durmo
costuro a boca
e a voz rouca
desaparece
perece
- Parece.
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