terça-feira, 27 de junho de 2017

O COICE DA JUMENTA

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Juquinha levava a jumenta para a beira do rio
A jumenta transportava vasilhas
As quais seriam enchidas de água
E caso alguma voltasse vazia
O garoto seria mui repreendido
Isto é, seria castigado
Também investigado.

Sem o líquido trazido na jumenta
Não haveria alimento no almoço
Não haveria banho para o moço
Não haveria banho para a moça
Não haveria como lavar a louça.

Como Juquinha estudava à tarde
A manhã era sagrada
Ou seja, ele puxava a jumenta pelo cabresto
Levava as moringas, os baldes, as garrafas, dentro do cesto
Os canecos, as latas, as panelas
Tudo o que sustentasse água.

Certa manhã... A jumenta ia descendo a ladeira
Quando de repente zangou-se
Começou a balançar os baldes, garrafas, latas...
Juquinha com medo de algum prejuízo
Ficou meio sem juízo
Agarrou o rabo do animal
O coice foi quase fatal
Bem na beirada do olho
Bem na beira do rio Waskofrajocys.

Hoje o menino transformou-se no seu Juca
Casado com a senhora Dativa
Pai de seis filhos
Os quais trabalham com milhos
Na região dos trilhos.

Mês passado entrevistei o seu Juca
Ele narrou toda a história da jumenta
Disse que ela era ciumenta
Disse que batia nela com jucá
Não por ser malvado
Mas para se defender
E ele... Mostrou-me a marca do coice
Depois de três décadas
A cicatriz continua bem visível
Incrível
Né?

Cuidado com o coice humano!
É pior do que o coice irracional
Não é legal
É mortal.






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