Morro de medo
De sair à noite
Encontrar o mal
O lobo mau.
O período noturno
Dar sensação de insegurança
E a polícia que deveria dar segurança
Vive também com receio.
Por isso ando assustado à noite
Temo o ladrão
Temo o facão
Bem afiado.
À noite saio nervoso
Pelas calçadas vou correndo
Olho para os lados
Olho para trás
E um sujeito traz
A arma na mão.
Fujo igual criminoso
Escondo-me num beco
Quando ouço a sirene da viatura
E o medo mexe com minha estrutura.
Sei que não posso andar tarde da noite por aí
Só que não controlo a teimosia
Tomo banho
Troco de roupa
Boto perfume
E ponho o pé na estrada
Mesmo ciente do perigo.
Na rua escura
Olho pro relógio
Já são vinte e três horas
Mais quarenta e cinco
Então apresso os passos
Chego em frente de casa
Abro o portão
E late o cachorrão
Amigão.
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