terça-feira, 25 de junho de 2024

PERIGO NOTURNO

 





Morro de medo

De sair à noite

Encontrar o mal

O lobo mau.


O período noturno

Dar sensação de insegurança

E a polícia que deveria dar segurança

Vive também com receio.


Por isso ando assustado à noite

Temo o ladrão

Temo o facão

Bem afiado.


À noite saio nervoso

Pelas calçadas vou correndo

Olho para os lados

Olho para trás

E um sujeito traz

A arma na mão.


Fujo igual criminoso

Escondo-me num beco

Quando ouço a sirene da viatura

E o medo mexe com minha estrutura.


Sei que não posso andar tarde da noite por aí

Só que não controlo a teimosia

Tomo banho

Troco de roupa

Boto perfume

E ponho o pé na estrada

Mesmo ciente do perigo.


Na rua escura

Olho pro relógio

Já são vinte e três horas

Mais quarenta e cinco

Então apresso os passos

Chego em frente de casa

Abro o portão

E late o cachorrão

Amigão.

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