São quase onze e meia da noite
Faltam apenas trinta minutos para meia-noite
Enquanto levo açoite
Isto é, a falta de sono
A insônia.
Não poderia deixar de escrever
Pois daqui a pouco será uma nova página
Um dia inédito
Cheio de crédito
Pra vida.
Quisera eu me isolar do mundo
Quantas vezes fugi dele
Não creio mais nele
Pois está conturbado
Totalmente perturbado.
São vinte e três horas
Mais vinte e nove minutos
E conto os segundos
Para pernoitar
Talvez sonhar
Acordado.
Quem sabe verei algum anjo divino
Que virá exclusivamente ao meu encontro
Com intuito de aliviar
De massagear
A dor.
Outrora estive distante de mim mesmo
À procura dum deserto
À procura duma caverna
Para morcegar
Para cegar
O ego.
O leitor poderá não compreender
Mas... há coisa incompreensível
A qual jamais será aberta
Na esfera do universo impossível
Que nos rodeia
Não nos odeia.
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