segunda-feira, 2 de agosto de 2021

VEZO

 





Quando eu era obeso

Acima do peso

Tinha um vezo

Difícil de curar

Que me maltratava

Aos poucos.


Era um costume vicioso

Às vezes criticável

De dar nojo.


Se você não sabia

Saberá agora

Que fui uma figura vezeira

Que sofreu tanto na ribanceira.


Lembro-me como se fosse ontem

Quando um grupo de vândalos gritava:

- Vai vezeiro!

Vai zambujeiro!


Só eu e Deus sabíamos como isso feria interiormente

Deixava a cicatriz na mente

E o reflexo até hoje.


Outrora fui vítima de um vezo

Foi complicado me libertar

E aprender a voar.

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