Quando critico as pessoas injustamente
Tenho vergonha de mim mesmo
Pois deveria criar vergonha na cara
Pensar duas vezes
Antes de falar mal
De alguém
De bem.
Tenho a mania de julgar o próximo
Nem provas existem
Porém bato o martelo
Dou o veredito
Empurro alguém no inferno
Não sou humano
Mas desumano
E isso me envergonha
Bastante.
Condeno todo mundo que peca
Atiro pedras nos transgressores
Meto a chibata nos devedores
Enquanto não sou flor que se cheira
Cometo mais deslizes que todos
Sou horrível
Tenho uma máscara terrível
Eis a razão
De minha vergonha.
Taco a língua nos outros
Vejo falhas em todos
Faço-me de sonso
Faço-me de santo
Sou respeitado em qualquer canto
Só que me envergonho
De mim próprio
Por ser fingido.
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