Quando eu era novo...
nada doía no corpo
corria pra todo lado
era tão danado
fazia estripulias
as piores tropelias
e apanhava do papai
às vezes da mamãe
que não alisava.
Quando eu era novo...
comia bastante ovo
tinha bom apetite
nada fazia mal
tudo era normal
não era besta
não botava banca
engolia tudo
até pedra
se fosse possível.
Quando eu era novo...
não tinha nenhum problema
corria atrás da ema
corria à procura da Cema
da piracema
e nada me preocupava
dormia em paz
acordava feliz
após a montanha de sonhos
a serem realizados.
Quando eu era novo...
respirava profundamente
tinha uma fértil mente
plantava semente
via nascer
o fruto
depois a colheita
motivo de alegria
o dia surgia
o pulmão era sadio
ainda que eu fosse vadio
não existia vazio.
Quando eu era novo...
não sofria de paixão
limpo era o coração
vivia tranquilo
pesava poucos quilos
ninguém dava palpites
eu vendia quites
ganhava bem
sorria de felicidade
amava a cidade
não tinha ansiedade.
Quando eu era novo...
admirava o meu povo
todos reunidos
todos unidos
num só espírito
buscávamos a unidade
também a humildade
somada à longevidade
presente divino.
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