Conrado foi ao mar de madrugada
talvez abafasse a insônia
ocasionada
pela briga com a namorada
por nome de Sônia.
À beira mar
o vento frio soprava
o mau pensamento solapava
e a tristeza pairava
sem dó.
De repente...
Veio-lhe à mente
a figura duma sereia
que saía dum castelo de areia
protegido por uma baleia.
Conrado procurou por candeia
achou-se preso em cadeia
com a mão pegou um punhado de areia
jogou-o no mar
pra ver se era real
ou simplesmente um sonho.
Logo saiu da ilusão
pôs a mão no coração
e meio incrédulo
avistou uma linda sereia
sentada em uma pedra gigante
na beirada da praia
de Copacabana.
Pegou o celular pra bater foto
a sereia abriu a voz
cantou igual anjo
enquanto o mancebo tocava banjo
subia às estrelas
apaixonava-se
flutuante...
O canto da sereia enfeitiçou Conrado
o qual cabalmente honrado
delirava caído ao sal
estava anormal
e amanhã mesmo publicaria em jornal
a cena do mito
(...)
Quase todo dia
Conrado vai ao oceano
procurando encontrar a paixão outra vez
todavia...
ela desapareceu
ela se escondeu
e não cantou mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário