Entrei num quarto escuro
Não havia luz
Nada de lâmpada
Nenhum lampião
Não tinha lamparina.
As trevas reinavam
Noite total
Barulho do mal
Nenhuma claridade
Nada de vela
Nem fogo.
O breu dominava
O medo teimava
Enquanto fiquei tremendo
Morrendo aos poucos
Ouvi o grito dos porcos
Seria um quarto assombrado?
De repente...
A porta do quarto escuro fechou-se sozinha
Automaticamente
Doeu minha mente
Quis correr
Quis morrer
Mas... não deu.
Risquei o isqueiro
As faíscas não vieram
Acendi um palito de fósforo
Alguém invisivelmente soprou
O vento apagou
Meu coração disparou.
Só Deus sabe o que enfrentei
Um quarto tenebroso
Um quarto assombroso
Onde a fé desvanecia
A coragem fugia
A covardia
(...)
De repente...
Ouvi umas pisadas no canto do quarto escuro
Virei-me
Olhei
Vi
Um ser estranho
Um ser de olho castanho
Sorridente
Contente.
Fiquei apavorado
O ser declarou-se:
- Sou um demônio das trevas
Meu papel é assustar
Almejo te roubar
Sou profissional em assaltar
Almas desejo assassinar
Sangue tomar
Ao inferno levar.
Clamei o nome de JESUS
O demônio saiu voado
Veio a luz
Vi uma cruz
A imagem de vampiros
O fogo nasceu
Um morcego se mandou
A paz retornou
O ânimo voltou
E me ajoelhei
Para agradecer
O escape.
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