O mundo gira ao contrário de mim
Ele me deixa zonzo
Fico tonto
Tanto.
A bactéria me ataca
O vírus me rodeia
Fico de escanteio
Tenho medo.
Algo tenta me sugar
O sangue foge das veias
Sinto-me amarelado
Deixei de ser um cara avermelhado.
Ventos do norte querem me arrastar
Eu preciso me consertar
Eu preciso me concertar
O mais rápido possível
Sei lá.
Dizem que sou diferente
Distinta é minha mente
Então planto semente
Vem a serpente
E a destrói.
Querem acorrentar-me
Querem algemar minh'alma
Fico pálido
Virei palito
Magérrimo.
Nem sei mais como agir
Penso em fugir
Eu preciso decidir
Antes que seja tarde
Meu coração arde
O sol me queima
Nem sei mais compor uma canção
Que te toque
Menos rock.
Pode ser a última vez que me dirijo a ti
Quem sabe amanhã não levantaremos
Pó seremos.
Não passo dum lodo
Daí pego o rodo
Limpo a saliva
Que alívio
Meu Deus!
Aonde pararei?
Morrerei?
Vem tsunami pra me afogar
Eu quero voar
Até às nuvens
Por que devo escapar.
Tamanha saudade
Saudade de vocês... meus leitores
Quanta maldade
Em pleno século vinte e um
Eu não tenho sequer um
Amigo de verdade.
Parto feliz
Do jeito que sempre quis
Mas... te levarei no peito
Direito.
Se as ondas bravas não desistirem de mim
Será mesmo o fim
Ainda que eu resista.
Você poderá rir de minha fraqueza
Só por que a dor está distante de seu corpo
Ela está aqui em Fortaleza
Nos cafundós do judas.
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