Ninguém adivinha
Que o mal vem vindo
Ao encontro de nosso sangue
Em formato de gangue
Para ceifar
Para apagar.
Lá vem o destruidor
Armado até os dentes
A fim de roubar as mentes
Destruir as sementes
Que nasceram recentemente.
Quem diria, meu Deus!
Pensávamos no amanhã bem melhor
Nada de pior...
De repente...
O inimigo salta a muralha
Põe fogo na palha
Arranca os espíritos infantis
Meio as ideias imbecis.
Some-se autoridade no tal instante
Os livros ensanguentados caem da estante
Os corações maternos se despedaçam
Os demônios laçam
Acham graça
Da impunidade
Que controla a cidade.
- Lamentar pra quê?
Tudo passou
O luto chegou
E... as lágrimas são rainhas.
Quisera eu poder ressuscitar os entes
Todavia ninguém deseja retornar ao mundo cruel
Repleto de réus
Longe dos céus.
Nem falo de segurança
Nem ambulância
Se... o momento trágico já agiu
O corpo discente sumiu
- O sistema riu?
Tento te entender
Depois procuro me entender
Mas vou contender
Ainda que me custe a vida
O fôlego.
Suzano veste preto
Eu não aceito
Esta dor no peito
Porém não tem mais jeito
Quando a injustiça está enraizada
A ponto de...
(Ache o que quiser)
Um comentário:
Poema de muito sentir, muito exprimir, de uma alma poética que deixou fluir.
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