Imagine nossa cara sem olhos
As cores tristonhas
O choro das cegonhas.
Um rosto sem bilas
Nem buracos
Tão fracos.
Um sorriso sem graça
Ninguém na praça
Para fotografar.
Nadinha de televisão
Nada de cinema
Nem lema.
Tudo esquisito
Longe da visão
Do coração.
Um semblante sem olhos
Não conhece os brolhos
Da vegetação.
Sem olhos
Viveríamos na escuridão
Na real desilusão.
Com a carência do olhar
Eu poderia até te amar
Mais de verdade.
- Quer conhecer o pão que o Diabo amassou?
É só arrancar seus olhos
E nunca mais tu verás os molhos
De gravetos
Escondidos na gaveta.
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