O maluco do Cláudio viu certa mulher pela primeira vez
Já foi dizendo com ar de zombaria:
- Ela tem a cara de cavalo
Que jamais passará pelo ralo.
O Cládio é um cabeleireiro doido, doido, doido
Daqueles que matam a gente de rir
Com as diversas loucuras
Às vezes amarguras.
A coitada da mulher acha-se parecida com uma modelo
Ela gaba-se pra todo mundo dizendo ser a mais bela
Por isso sua mãe lhe deu o nome Clarabela.
Só que agora apareceu um oponente
O maior opositor
O pior repelente
O cruel invasor.
Nem quero estar por perto quando a modelo descobrir seu apelido
"Cara de cavalo"
Pois o Cláudio sairá no embalo
Na bala
No fogo
No murro
Pulando
Muro.
Clarabela se acha...
Jamais imagina que existe alguém bem pertinho capaz de desafiá-la
Capaz de encará-la
E derrubar sua falsa beleza
Aqui em Fortaleza.
- Cara de cavalo?
Não encontraste outra alcunha mais bonita?
Não poderia ser "cara de cabrita"?
Infelizmente ela tem mesmo a cara de cavalo
E quando assiste o jogo... na hora do intervalo
Olha-se no espelho
Penteia-se
Depois espragueja
Quem fizer hora com sua cara.
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