São duzentos milhões de ideias na cabeça
São ideais que fervem a cem graus celsius
São ideias capazes de encher um estádio
São ideais com a força de Sansão
São ideias que vencem um vulcão.
Ideias pra cá
Ideias pra lá
Ideias pra ali
Ideias pra aqui.
Vejo-me perdido em meio a multidão de ideias
Até poderei ser pisoteado
Quando elas se soltam
Fixam-se em meu teclado
E sinto-me cercado.
As ideias adoram me ver enlouquecido
Elas puxam meu cabelo
Elas arengam com meus neurônios
Mexem com o crânio
Haja paciência.
Nem sei mais o que fazer
Pois as ideias me enchem o saco dia e noite
Já não aguento mais sofrer açoite
Por isso peço arrego
Diante do medo
Passo a ser arredio
Jamais vadio.
Se eu fosse registrar as ideias num papel
Acabaria todo papel do planeta
Acabaria todo o estoque de caneta
E as autoridades tocariam a trombeta
Pedindo para eu parar.
Hei de prosseguir enfrentando a tempestade de ideias
Até enquanto houver fôlego
E meus miolos resistirem a pressão
Então deixarei de ser sôfrego
No mundo da sofreguidão.
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