Num minuto
deixei meu lar
e já me encontrava num lugar
esquisito
jamais visto
por mim
(...)
Só soube o nome da localidade
devido a placa escrita:
Texjareyk.
De princípio fiquei nervoso
pelo desconhecido
pelo solo pedregoso
e tentei ver algum ser humano
porém vi apenas engano.
De repente...
Surge certa figura estranha
com olho castanha
fala comigo
todavia nada entendi
pois era idioma de lá.
Encontrei um dispositivo
o qual traduzia a linguagem para o português
então entendi que a figura estranha
dissera assim:
- Seja mal-vindo, estrangeiro!
Descobri que o território Texjareyk
era ou é (sei lá)
inimigo da minha terra
e sempre respira guerra
daí me tremi de medo
de cortarem o meu gogó
enterrarem-me no pó.
Com sede
peguei um pouco d'água na mão
pus na boca
cuspi imediatamente
pois tinha gosto de ferrugem
pensei ser coisa da mente
porém não era.
Com fome
mordi uma maçã quase verde
ela tinha sabor de sangue de barata
então joguei-a na lata
do lixo.
Nunca pensei que iria pisar num lugar tão fedido
fedor de carne podre
fedor de enxofre
fedor de axila
fedor de esmegma canino
fedor de metal alcalino
(...)
- Droga! Estou perdido!
Como sair daqui?
Logo a figura estranha resmungou
enquanto o dispositivo interpretou:
"Só sai daqui o espírito ou a alma
por que o corpo virou propriedade local".
Quase me desesperei
puxei os cabelos da cabeça
belisquei meu braço direito
um comprimido na garganta empurrei
talvez saísse da aflição.
Sofri desmaio
quase caio
num abismo
cheio de leptospirose
cheio de cirrose
cheio de gabirus
cheio de urubus
cheio de tapurus
(...)
Quanta loucura!
Vi o meu fim
adormeci
uma cena assisti
quando Texjareyk veio ao meu encontro
trazendo uma bomba para me explodir
e ninguém pra me acudir.
Acordei com a Cris batendo em meu braço esquerdo
dizendo que eu tive pesadelo
eu falava em novelo
falava em cabelo
falava em perigo
falava em inimigo
(...)
Ainda bem...
Graças a Deus que...
Foi somente mais um sonho.
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