sexta-feira, 2 de março de 2018
COTIDIANO
Dez para cinco...
O gato mia no telhado
Canta o primeiro pássaro
Dança o ácaro
Acordo o Ícaro
Para ir à escola
Levando a sacola
Com livros, caderno, lápis e borracha
E no recreio terá o racha.
O sol abre o olho esquerdo
A flor também desperta cedo
O açude sangra
Como manga
Escovo os dentes
Passo o pente
Corro às pressas
Senão perco o expresso.
Dentro do coletivo observo o povo
Sobe gente
Desce gente
Tão urgente
A gente não vive direito
No aperreio da vida
Corre o agente
Corre o tenente
Corre a atendente.
Todo dia é a mesma coisa
Nós escrevemos na lousa
Nós lavamos e enxugamos a louça
Que Deus me ouça!
Trabalho tanto
Trabalho não me falta
É fácil gastar o salário
Difícil é recebê-lo
Para lotar o armário
Encher a pança
Que me cansa.
Dez para cinco...
Hora de zarpar
A sirene apita
O juiz o jogo apita
O patrão despede gente
Dói a minha mente
Preciso do ordenado
Saio suado
Sofro um bocado
Mas fico consolado.
De volta entro no transporte
O expresso bate num poste
Minha cara leva um corte
Estou sem sorte
Foi mau esse porte.
Nesta vida passamos por tudo
É bom pra ficarmos experientes
Ficarmos ainda mais conscientes
De nossos atos
Nossos pensamentos
Nossos sofrimentos
Que nos moldam
Nos alicerçam.
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