sábado, 17 de fevereiro de 2018
MORRENDO DE MEDO... OUTRA VEZ...
Sou consciente
Sei que medo é falta de fé
Preciso botar isso na mente
Guardar o meu pé
Para deixar de correr perigo
Por aí afora.
Só que as coisas perigosas e proibidas
Costumam nos tentar
Querem nos arrastar
Ao fundo do poço
Lá em Capitão Poço
Onde moram
Os meus parentes.
O medo
Chega bem cedo
Faz enredo
Depois sai pulando cercas
Fura-se nos arames farpados
- Quem é o culpado?
Ora, ora... Eu mesmo...
Quem me dera decapitar o medo
Então sumiria o segredo
Morreria o bêbedo
E haveria um pouco de sossego
Para um espírito acabrunhado
Que vive angustiado
Tão pelado.
Se eu escondesse de ti tais ideias
Estaria dando vez ao medo
Que faz-me pisar no bredo
Ou no gramado aqui do jardim
Onde cheira a flor do jasmim
Em plena primavera
A estação perfumada.
Oxalá que o medo fosse metralhado!
Completamente fuzilado
Para livrar-me do rosto angustiado
Da casa mau assombrada
Da caverna estiorada
Da história "mal dizida"
Do demônio escondido
E sucessivamente.
Medo de quê?
Medo de viver
Medo de morrer
Medo de sofrer
Medo de escuro
Medo de muro
Medo de amar
Medo de falar
Medo de pensar
Medo de sorrir
Medo de competir
Medo de tudo
Meu Pai do céu!
Queria apagar esse vocábulo do dicionário
Queria prendê-lo no armário
Com correntes de aço
Amarrar o pedaço
De medo
Me-do.
Quando sinto medo
Sinto-me covarde
Meu caráter arde
Saio de mim
Digo não
Ao invés de sim
Yes.
O medo tenta me persuadir
Ele é uma tentação
Que aperta meu coração
Não é ilusão
Mas é real
Algo anormal
Mais poderoso que a bomba atômica
A mulher biônica
A tonta
A sonsa.
Morrendo de medo... outra vez
Nesse mês
É demais
Não quero mais
Correr
Me esconder
E viver
Desconfiadamente
Desfiguradamente
Como se tudo estivesse perdido
Tudo partido.
Ainda bem que...
Escrevendo
Te vendo
Digitando
Perco o medo
Acordo cedo
E bebo
Um suco de frutas
Na gruta
Onde durmo
Mas não me enturmo
Ficando indiferente à sociedade
Ao barulho da cidade.
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