sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
MORTE DE PARTO
Nem gosto de relembrar
Mas como sou escritor
Preciso registrar
Vou digitar
Como ocorreu a morte da minha primeira mulher
Aquela que metia a colher
Quando desconfiava de mim
- Ai minha cabeça!
Refiro-me à Neide...
Casamos e ela logo ficou gestante
E sempre dizia que tinha o maior medo de eclâmpsia
Também de epilepsia
Também de hemorragia.
Perto dos nove meses de gravidez
Neide me falou que morreria, mas não aceitaria cesárea
Ou melhor, cesariana
Pois sua querida amiga Ana
Falecera disso.
No dia de nascer os gêmeos
Neide se desesperou
Não quis ir à maternidade
Entendi sua pouca idade
Daí sofreu em casa mesmo
E o resultado foi...
A morte
De parto
No quarto.
Partiu então um pedaço de mim
E na viuvez
Pude refletir o quanto uma mulher nos completa
No momento de insensatez.
Atualmente estou casado
Às vezes fico tão arrasado
Ao lembrar daquela metade
A qual evitou a maternidade
Em troca da certidão de óbito.
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