Sávio não nasceu com sorte em relação a mulheres
Sempre levou "foras e mais foras"
Sempre deu cantadas
Depois recebia sapatadas
Palavras desaforentas
Tão fedorentas.
Já ficando velho
Sávio começou a se preocupar
Tinha que escapar
Uma namorada encontrar
Para casar
E procriar.
Sávio resolveu sair
Por aí
Em busca do sexo feminino
Logo após fazer menino
Uma menina
Qualquer um...
Seja bem-vindo!
Andando numa estrada desértica do sertão
Sávio topa com a sua Rebeca
Dar um aperto no coração
Dar de presente uma peteca
Ganha um beijo
No queixo
E parece que ganhou foi um queijo
(risos).
Sávio abraçou sua amante
Disse que se tratava de alguém elegante
E de repente...
Ela se despede
Abre o portão do cemitério
Na catacumba desaparece
Enquanto o espírito do coitado desce
Ao desespero
Como de primeiro.
Continuou caminhando na estrada deserta do sertão
De novo topou com outra personagem
Olhou bem se não seria miragem
Deu-lhe uma cantada segura
Ela falou que se chamava Pafura
Ambos se abraçaram
Em seguida se beijaram
Eles se amaram.
Passados treze minutos
A deusa Pafura despediu-se
Disse: Sua musa não despiu-se
Agora vou ao meu destino
Procurar homem cretino
Você não faz o meu tipo
Gosto de outro estilo
Crio esquilo
Você pesa muitos quilos...
Ela subiu na vassoura
Toda loura
E gritou:
- Avante!
Até hoje
Sávio vive sozinho
Na solidão
Na contramão
Na ilusão
Do sertão.
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