Escrevi pela manhã
Continuei à tarde
Estou agora digitando
Quando o ponteiro marca quase três da madrugada
E a rua toda alagada
Pois é inverno.
As muriçocas comem meus pés
Debaixo da mesa
Nem posso saborear a sobremesa
Que sou obrigado a coçar
A região onde elas picam.
Abro a boca umas cem vezes
Isso denuncia o meu cansaço
Afadigado está meu braço
Estou morrendo de sono
E por que não vais dormir?
Gostaria demais de cair como morto na minha cama
Só que a gente se agarra ao que ama
No caso... A escrita.
Estou bêbado de sono
Eu sou meu dono
Não recebo abono
Não gosto de engano
Adeus!
Vou sonhar
Vou roncar.
quarta-feira, 1 de novembro de 2017
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