quinta-feira, 23 de novembro de 2017

BATENDO NA MESMA TECLA


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Morre gente toda hora
Morre jovem
Morre criança
Morre ancião
Morre ladrão.

Parece que o pessoal morre
Parece que a população aumenta mais
Pois chove de gente
Nos hospitais
Nas escolas
Nos terminais
Nas lojas
Nas ruas
Nos bancos
Nos aeroportos
Nos portos.

Morre um
Nascem seis
Morrem três
Nascem treze
(...)

Ferve gente que nem abelha no enxame
Morre gente que nem formiga no formigueiro
Eu não sou fofoqueiro
Mas... há certo tipo de coisas que não compreendo.

O jovem daqui das proximidades
Não consegue mais fazer a festa de aniversário dos dezoito anos
Logo cai no engano
Ou seja, cai no submundo do crime
Isso lhe oprime
Isso lhe dar uma certidão
De óbito
É óbvio.

Morre ser humano todo dia
Morre o rico
Morre com arma no bico
Morre o pobre
Morre vendendo cobre
Ele sobe
Outros descem.

Morre gente demais
Mas não se acabam as aglomerações
Haja corações!

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