sábado, 14 de outubro de 2017

UM DOS GRANDES PROBLEMAS É LEMBRARMOS DE DEUS SOMENTE NAS AFLIÇÕES



Não quero apontar sequer uma criatura
Olharei para mim próprio
No espelho
Da sala
Da ala.

Eu
(Isso mesmo que você acabou de ler)
Falo de mim
Que me acostumei a buscar a face divina
Somente nos momentos difíceis
De la vida.

- Por que somos ingratos?
Por que temos tato?
Por que não sou um caco?

Quando tudo vai bem...
Quando o mar está calmo
Quando o demônio viaja
Quando o pecado embriaga
A gente fica cego
Dar lugar ao ego
E fura igual prego.

Quando as coisas cooperam conosco
Nós chutamos Deus
Cuspimos Sua fisionomia
E desafiamos Sua soberania
Sem lembrar de onde viemos:
Do SOLO.

Dólar no bolso
Alta bolsa
Saúde
Paz
E Deus?

De repente...
Vem o redemoinho
Ele vem arrebentando até os espíritos
E nós arrancamos os cabelos da cabeça
Pedindo à divindade para que nosso familiar não pereça
Nem sequer adoeça.

Quando se resolve o problema
Deus fica novamente de escanteio
A ingratidão pelo meio
Rindo da cara
Descarada.

Eu
(Sempre me incluo)
Falo de mim
Que fico acomodado
Na hora do lazer
Do prazer
Alheio a Deus
Entretanto...
Ao vir o obstáculo
Grito
Sem parar
Pedindo socorro
Do alto
Senão morro.





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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...