Para escrever
Temos que ter coragem
E uma garagem
Bem silenciosa
Amiga do vento
Inimiga do calor.
Escrever não é brincadeira
Quando me sento na cadeira
Nada fácil
Ao digitar acerca de alface
Enquanto a lágrima molha a face
Invento que não noto seu disfarce
E amo.
Sempre que escrevo nas madrugadas
Meus colegas percebem minhas linhas apaixonadas
Depois dão mil gargalhadas
Sem sentido
Vou partindo.
Num dia desses...
Peguei uma espada afiada
Para enfrentar os inimigos da escrita
Os quais andaram... por aí... dizendo que...
Iriam me inibir
Isto é, iriam me proibir
De pensar
De poetar.
Escrevo há alguns semestres
E contemplo incontáveis mestres
Lendo
Relendo
Por isso não desisto
Persisto
Insisto
Nisto
Aqui
- Olha!
Se eu disser que jamais encontrei perigos pelo caminho da versificação
Minto
Mas... Sinto
Que a dona inspiração
Está vindo ao meu encontro
E fico tonto
Sem encanto
Pelos cantos.
Não estou dizendo que sou o mais corajoso
Não sou convencido
Todavia tenho vencido
O medo
O comodismo
A preguiça
A cobiça.
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