domingo, 2 de julho de 2017

DESCENDO OUTRA VEZ

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Eu
Estou
Aqui no alto
Aqui bem no topo
Pareço um pouco exaltado
Daí preciso descer um bocado
Pois não sou melhor que ninguém
Sou bastante mesmo inferior a alguém
Que na minha frente dar de dez em mim
Então vou pisando, pisando, pisando, pisando
Vou descendo, descendo, descendo, descendo
Vou piscando, piscando, piscando, piscando, pis...
Cada degrau que subi com tamanha dificuldadeeeee
Agora prossigo me humilhando cada vez mais na ladeira
Eu sou tão adulto e sou um homem que não usa mamadeira
Sou capaz de refletir a razão das pessoas serem soberbas e ocas
Por isso que vou deslizando pela areia e escalo a vida de degraus
Entendo que a temperatura de nossos corpos ultrapassa os trinta e sete graus
Às vezes, nós seres humanos, parecemos robôs ou alienígenas bem anormais
Entretanto os morcegos chupam nossas gargantas para matarem a fome com sangue
Outra vez fugimos desesperadamente em carroças e nos escondemos na moita do mangue
Quando a luz solar vai desaparecendo aos pouquinhos e gritamos com medos das cascavéis
E acho-me descendo outra vez... Completamente exausto, arrasado, mudado... Com dois pés.


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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...