quinta-feira, 29 de junho de 2017

TORTA




Cheguei na confeitaria
Todo feliz da vida
Cumprimentei a vendedora
Cumprimentei a zeladora
Que passava no chão a vassoura
E logo pedi uma torta
Mas a atendente não entendeu direito
Então repeti dizendo "torta"
A mulher arregalou os olhos
Os olhos iam saindo da caixa
Ela falou em voz baixa:
- Não pronuncie a palavra "torta"
Por favor!
Por favor!
Daí fiquei sem nada compreender
Eu queria entender
Quando a senhora do caixa falou lentamente:
- Senhor, a nossa faxineira odeia o nome "torta"
Pois é o apelido dela
Pode chamá-la de cadela
Ela não reclama
Porém logo vira um demônio
Lá vem vindo em sua direção
PÁÁ!!!
PÁÁ!!!
PÁÁ!!!
Levei umas dezoito cabadas de vassoura piaçava na cabeça
Até agora minha moleira está inchada
Parece que foi golpe com enxada
Estou com a cuca enfaixada
Por causa daquela desgraçada
Que realmente é toda torta
Que não tinha uma placa na testa avisando:
"Nunca me chame de torta".

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MEDO DE MIM MESMO....

  Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...