terça-feira, 20 de junho de 2017
SOU UM PÁSSARO PRESO NA GAIOLA
Eu era um pássaro preso na gaiola
Eu pedia esmola
Eu pedia sacola
Para pôr as moedas
Ou as cédulas.
Eu vivia enjaulado
Eu vivia enclausurado
Angustiado
Afastado
Do convívio social
Preso na gaiola
Ouvia vitrola
Ouvia radiola
Amarrado no pau
Igual escravo
Que mal!
Eu perdi minha juventude
Eu prendi meu ego naquela gaiola
Onde passei uma temporada
Acho que foram duas décadas
(Se não me engano)
Sem voar
Sem passear.
Cheguei a conversar comigo mesmo assim:
- Acho que vou me envergonhar
Quando algum dia me livrar
Pois não saberei mais voar
Devido a ausência de prática.
Eu sonhei muito com libertação
Queria sair das correntes da opressão
Pois via as demais aves revoando
Às vezes me sobrevoando
Enquanto ficava me acabando
Ao lado de alpiste
Sem poder dar palpite
Diante o predador
O malfeitor.
Eu bicava as minhas penas desbotadas
Botava pra correr as pulgas
Já começavam a surgir as rugas
Daí chorei sem paradeiro
Até encher o chiqueiro
Até às tampas
Das rampas.
Não tem como esquecer
As marcas do cativeiro são inapagáveis
Eu conto e os leitores acham inacreditáveis
Mas... Quando mostro as provas ou fotos
Daí choram comigo
Têm dó de meu umbigo
Do meu bico.
Sou um pássaro preso na gaiola
- Desculpe-me! Eu era
Em outra era.
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