domingo, 18 de junho de 2017

OUTRA VEZ SOZINHO


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Todos saíram de casa
Mais uma vez sozinho
Outra vez pego solzinho
Na solidão
Do coração.

É no silêncio a sós
Que reflito mais
Que aprendo mais
A vencer a tentação
Do coração.

Sozinho estou aqui no pátio
Tranco-me no quarto
O bolo parto
Não como nenhum pedaço
Fico cabisbaixo
Outra vez.

Há tempos que vivo no deserto
Meu olhar torna-se incerto
Ninguém por perto
Pra encher o saco
Daí transformo-me num caco
Caio no relento
Falo tão lento.

Outra vez sozinho
Outro mês sem sorriso
Sem carinho
Sem música
Eu pego o lenço
Enxugo a lágrima
Que me denuncia
Que me anuncia.

Evito o barulho
Evito o povo barulhento
Sou bem ciumento
Deito-me no frio cimento
Não aguento
Fujo pra caverna
Entro na taberna
Acendo a lanterna
Ninguém pra dialogar
Somente morcego há
Ele já vai voar
Talvez me atacar
Com fome de sangue.

Nem zoada de vento tenho
Mas rapidamente obtenho
Um colar pendurado no pescoço
O qual me faz lembrar
Da noite de luar
Quando estivemos a beijar
Na beira mar.

Outra vez sozinho
Distante dos amigos
Distante da família
Distante de my love.

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