Uma da madrugada
Acho-me colado
Ao teclado.
Duas horas
Os grilos cantam
Enquanto digito
E cogito.
O relógio bate às três
O galo também canta
E me encanta
Com a ideia
De escrever
Acerca da voz de galo.
São quatro em ponto
Eu escrevo uma página
Onde conto
Sobre um encontro
Com o amor.
Cinco da manhã
Chegou o dia
A melodia.
Agora o relógio marca seis
E imagino o próximo mês
Que será de prosperidade
De felicidade.
São sete horas
Início de trabalho
De salário
Um quebra galho.
Oito da manhã
A gente luta
Na labuta.
Finalmente vem as nove horas
Instante do lanche
Os funcionários correm
Parecem avalanche.
Dez horas
Os dedos pedem socorro
Sentem dor
Sobem o morro
Da escrita.
Onze horas
Nós descansamos
Nós cochilamos
Mas... pensando em textos.
Meio-dia
O sol não tem dó
O vento carrega pó
A poeira.
Treze horas
A gente faz hora
Para voltar às atividades
Ora... ora...
Olho o celular que marca catorze horas
Produzo rimas
Provo limas
Prossigo digitando.
Quinze horas
Chegam algumas senhoras
Pedindo vinte e sete textos
Sobre graviolas
E violas.
Dezesseis em ponto
Lá me encontro
Um pouco tonto
De escrever.
Dezessete horas
Apita
A sirene finaliza o expediente
E eu ciente
Não paro a mente
Ou seja, continuo rabiscando.
O relógio marca dezoito horas
O sol já deu adeus
A noite diz Good Night
Para meus
Parentes.
São dezenove em ponto
Eu me encanto
Quando atendo a ligação
É alguém
Que me rouba a concentração.
Vinte horas
Momento de reflexão
De redação
De descrição.
O relógio marca vinte e uma
Não tenho tristeza alguma
Só tenho alegria de escrever.
Vinte e duas horas
Aproxima-se o final
Leio o jornal
Procurando assunto.
Vinte e três horas
Desligo o despertador
Sou escritor
Que honra o leitor
Com textos quentinhos.
Meia-noite
Fico desconectado
Um tanto cansado
Durmo
Sonho
Com a escrita.
Nenhum comentário:
Postar um comentário