segunda-feira, 12 de julho de 2021

APROVEITANDO BEM AS VINTE E QUATRO HORAS DO DIA

 





Uma da madrugada

Acho-me colado 

Ao teclado.


Duas horas

Os grilos cantam

Enquanto digito

E cogito.


O relógio bate às três

O galo também canta

E me encanta

Com a ideia

De escrever

Acerca da voz de galo.


São quatro em ponto

Eu escrevo uma página

Onde conto

Sobre um encontro 

Com o amor.


Cinco da manhã

Chegou o dia

A melodia.


Agora o relógio marca seis

E imagino o próximo mês

Que será de prosperidade

De felicidade.


São sete horas

Início de trabalho

De salário

Um quebra galho.


Oito da manhã

A gente luta

Na labuta.


Finalmente vem as nove horas

Instante do lanche

Os funcionários correm

Parecem avalanche.


Dez horas

Os dedos pedem socorro

Sentem dor

Sobem o morro

Da escrita.


Onze horas

Nós descansamos

Nós cochilamos

Mas... pensando em textos.


Meio-dia

O sol não tem dó

O vento carrega pó

A poeira.


Treze horas

A gente faz hora

Para voltar às atividades

Ora... ora...


Olho o celular que marca catorze horas

Produzo rimas

Provo limas

Prossigo digitando.


Quinze horas

Chegam algumas senhoras

Pedindo vinte e sete textos

Sobre graviolas

E violas.


Dezesseis em ponto

Lá me encontro

Um pouco tonto

De escrever.


Dezessete horas

Apita 

A sirene finaliza o expediente

E eu ciente

Não paro a mente

Ou seja, continuo rabiscando.


O relógio marca dezoito horas

O sol já deu adeus

A noite diz Good Night

Para meus

Parentes.


São dezenove em ponto

Eu me encanto

Quando atendo a ligação

É alguém

Que me rouba a concentração.


Vinte horas

Momento de reflexão

De redação

De descrição.


O relógio marca vinte e uma

Não tenho tristeza alguma

Só tenho alegria de escrever.


Vinte e duas horas

Aproxima-se o final

Leio o jornal

Procurando assunto.


Vinte e três horas

Desligo o despertador

Sou escritor

Que honra o leitor

Com textos quentinhos.


Meia-noite

Fico desconectado

Um tanto cansado

Durmo

Sonho

Com a escrita.

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