- Socorro!
Chama pra mim
A Socorro
Senão corro
E morro.
Subo o morro
Sujo-me de forro
Grito pela Socorro
Nascida em Andorra.
- Socorro!
Estão expulsando-nos
Estão empurrando-nos
De nossos casebres
Aqui no morro.
Todas autoridades morreram
O Poder Executivo sumiu
A bandidagem pinta e borda
Pegam uma corda
Metem a peia
No pessoal da periferia.
- Socorro!
Chama a Socorro
Pois ela é a única corajosa
Pra nos defender
Pra nos socorrer.
Vem o toque de recolher
A garotada vai se esconder
Nem é besta pra aparecer
Quando vem a bala perdida
A fim de arrebentar alguma ferida
Que nunca cicatrizou.
Subo na torre
Peço socorro
Ninguém diz nada
O silêncio predomina
A elite usufrui de segurança
Enquanto nós ficamos à deriva
Perante o devaneio
O tiroteio
Infinito.
- Socorro!
Desse jeito eu morro
Sem energia
Na paralisia.
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