Entro na minha casa
Ponho cadeado no portão
Tranco a porta
Fico aparentemente seguro
E ainda assim... Deito-me para dormir
Com medo
De algum ladrão
Nas caladas da noite
Tentar
Arrombar
O portão.
Sabe é que...
A insegurança é gigantesca
Não temos mais policiamento
Não temos mais patrulhamento
Não temos mais viaturas
E as autoridades só pensam em corona
(...)
Deitado para dormir
Mas não consigo grudar o olho
Refletindo nos perigos da vida
A violência que assombra
A impunidade que ronda
Nos deixando na sombra
Da criminalidade.
Quando me lembro de um senhor pobre
Que dorme
Debaixo do viaduto
Sem portas
Sem janelas
Sem fechadura
Sem proteção
Sem portão
Eu choro
Então durmo.
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