Aos poucos teu rosto torna-se negro igual carvão
Isso contagia as veias de meu coração
Invade o centro das minhas emoções
Deixa-me cabalmente xonado.
Devagarinho teu rosto se macula
Aumenta minha gula
Torno-me glutão
Aperte o botão
Pois quero parar
Para não pecar.
Em vez de borrar teu rosto com tisna
Prefiro manchá-lo com marcas de beijos
Assim unir-se-á o tom
Do batom.
Ao invés de tisnar teu rosto
Sou mais enchê-lo de mordidas
Embora nasçam as feridas
De alguém que amou.
Eu preservarei eternamente teu rosto
Da tisne
Do cisne
Do ferro
Que tine.
- Vixe Maria!
Querem tisnar teu rosto
Isso me dar desgosto
Ver as maçãs na fuligem
A pior vertigem.
Se é de tisnar teu rosto
Que tisnem o meu
E o restante?
- O gato comeu.
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