Jamais desconfiei da armadilha
e fui direto ao "cheiro do queijo"
onde quebraram meu queixo.
Ali reinava a falsidade
a covardia
a maldade
a perversidade.
Jogaram-me dentro dum lugar imundo
o qual fedia a merda
enquanto minha mente lerda
procurava fugir
mas... foi em vão
naquele porão.
Que aperto!
O maior embaraço que já vi
fiquei em apuros
no escuro
podia ver o alto muro
e o odor da morte.
- Meu Deus! Como fui cair em tamanha cilada!
Estou preso na rede
estou colado à parede
e reina o medo
desde cedo
quando me despertei
caí na realidade
que crueldade!
Nem na mocidade sofri assim
porém na velhice
enfrento tal enrascada
daquelas de morrer
de esmorecer.
Há dias que não me alimento
nem tomo água
pois vem a mágoa
apertando meu peito
sou imperfeito
mas mereço respeito
- né!
Quisera eu poder sair daqui correndo
fugir das garras do guepardo
deixar de ser pardo
e partir para o futuro azul
bem distante de terrestres.
Minha vida está lascada
pois jazo numa enrascada
subo numa escada
e desmaio
é maio.
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