Pense num eleitor desmotivado!
Esse eleitor sou eu mesmo
Que há anos
Não sinto nada
Ou seja, não tenho vontade
De votar
De arriscar.
Pego o título de eleitor
Sou professor
Sou escritor
Sou pensador
Mas... falta apetite
Pra votar
Em doutor.
Estou indeciso em relação ao pleito
Ponho a mão no peito
Todo sem jeito
Cansei de promessa
Não sou santo
Lá vem candidato de todo canto
Dando dentadura
Dando rapadura
Em troca de voto
O cabresto no pescoço
É osso.
Tem gente que conheço que já rasgou o título
O nome dele é Tito
Zangou-se com a política
Faz uma centena de crítica
Até uma encíclica
Pretende enviar à Vossa Santidade, o Papa
Para ver se... esses corruptos tomam vergonha na cara.
Escrevi uma lista de pré-candidatos
Nenhum escapou
Meu cérebro delatou
O desincentivo chegou
E me controlou.
Todo mundo que conheço só fala que vai votar em branco
Outros em anulação
Outros em faltar no dia da eleição
Outros em pagar a multa
Outros em pedir apoio aos militares ou intervenção
- Que confusão!
Haja paciência pra suportar esses larápios
Os quais fazem campanhas bonitas
Depois desaparecem
E só voltam de novo quando for pra pedir voto
Pensando que o povo já esqueceu
- Não é que... esqueceram mesmo...
Nem sei aonde esse país vai parar
Nem sei mais o que se tem pra furtar
Nem sei se nós vamos aguentar
- Será?
Reclamo não por que eu seja murmurador
E sim por que vivo numa nação de dirigentes meliantes
Onde há revolta dos habitantes
Que se conformam vendo futebol
Bebendo cerveja
Vendo televisão
Quanta alienação!
O voto brasileiro deveria ser facultativo
Quando dizemos viver numa democracia
A maior burocracia
(risos).
O brasileiro não tem mais gosto pra votar
Nós precisamos nos alertar
Devemos nos acordar
E se a moda pegar
Ninguém mais vai se entregar
Ao covil.
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