sexta-feira, 16 de março de 2018

A MESMA LADAINHA...

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Eduardo não aguenta mais ouvir a mesma coisa todo dia
Ele foge ao chegar em casa
Sua mãe vem com o mesmo sermão:
- Filho... deixa aquela amizade de lado...
Seja um sujeito controlado
Estou de olho em ti
Estou pegando em seu pé
Jogue fora o boné.

O pai de Eduardo permanece sempre calado
É um empresário bem sucedido e organizado
Entende a posição da esposa e mãe
Assim como compreende a juventude do filho.

Todo santo dia é a mesma ladainha:
- Filhão... E aí... Já abandonou a tal amizade?
Já está mais maduro
Pois seu pai dar o maior duro
Não para criar vagabundo
Disperso pelo mundo.

Eduardo pensa em ir embora futuramente
Cefaleia cotidiana ele sente
Dói sua mente
Tem medo de enlouquecer de vez
E talvez...
Até morra.

De repente... Edu escuta de novo:
- Sim rapazinho... quero a prova de que já deixaste aquela amizade
Quero também ver a prova do colégio
Quero ver as notas no boletim
E logo falarei com o diretor Sérgio.

Quantas vezes Dudu corre para o quarto chorar
Pois homem também chora
Principalmente um mancebo de dezoito anos de idade
Que vive tão angustiado na cidade.

Eduardo precisa entender que...
Quando tiver seus filhos
Vai agir semelhantemente
Vai agir severamente
Por que pai nenhum
Conforma-se com filho rebelde.

Conclusão: A mãe de Edu só visa o bem-estar do filho único
Não deseja vê-lo mal acompanhado
Pois as más companhias corrompem os bons costumes como frisa a Bíblia
E coração de mãe não se engana
Quando palpita algo
Pode ir atrás
Que acerta
Na mosca.





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