sexta-feira, 8 de dezembro de 2017
QUANDO EU ERA CEGO
Quando eu era cego
Vivia trancafiado em meu ego
Não enxerga a linha do horizonte
Permanecia abaixo do monte
Era sonso
Era tonto.
Quando eu era cego
Chamavam-me de nocego
Eu tropeçava nos seixos
Eram quebrados os meus queixos
Vivia sem expectativa
A onda do mar nunca seria atrativa
No reino da ignorância.
Quando eu era cego
Meus pés eram furados facilmente pelo prego
Vivia caxingante
Vivia errante
Perdido pelas veredas
Grandes perdas.
Quando eu era cego
Morava no boteco
Fraco era o meu eco
Sentia-me um zero à esquerda
Vivia sem planos
Era vítima de enganos
Nada conseguia me mover.
Quando eu era cego
Perdia pro marreco
Enfrentava a vida com lenga-lenga
Sofria arenga
Tudo se desmoronava
Nada prestava
Nem a visão.
Quando eu era cego
Chorava após qualquer peteleco
Era tão covarde
Tão sensível
A ponto de quebrar-se ao meio
Tinha o maior receio
De tudo
Do cubo
Do tubo.
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