Surge no cenário
Um escorpião agigantado
Tão gaiato
Tão noiado
A ponto de ferir
Os mamíferos
Os cabritos
As baratas
As ratas.
O escorpião monstruoso
Tinha doze segmentos no abdôme
Os cinco últimos formavam a cauda
A qual tinha um aguilhão
Sabe... Aquilo que chamam de ferrão
De onde sai o veneno perigoso.
O aracnídeo mostrava tamanha ferocidade
Conseguiu amedrontar toda a cidade
Deixou trêmula a humanidade
Balançou as estruturas da Terra
Como se mastigasse o seio da guerra.
De repente surge também um dragão furioso
Que maltratava quem fosse dengoso
E quem fosse nervoso
- Ai de mim!
O dragão alaranjado
Tinha cara de vampiro
Cuspia fogo com sangue
E dizia para o escorpião:
- Lambe! Lambe!
A cauda do dragão venceu
A cauda do escorpião perdeu
Após uma briga cruel
Uma estória inédita
Jamais vista por viventes
Da Cidade Azul.
Quando eu estava começando a gostar da batalha
Apareceu uma flutuante mortalha
Avisando que chegara o final do conflito
E eu aflito...
Acordei do sonho heroico
Bem histórico.
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