sábado, 11 de novembro de 2017
A PONTA DO LÁPIS
Lembro-me como se fosse ontem
Do dia em que fiz um propósito de ser escritor
Então peguei papel, borracha, estilete, apontador
- Ah! Ia esquecendo o principal
Peguei o lápis
Com a ponta quebrada.
Fiz nova ponta usando o apontador
Pois o estilete pode cortar mão
E de coração
Escrevi a primeira estrofe
Da estreia
Sobre a odisseia.
A ponta novamente caiu pelo chão
Isso fez doer meu coração
Peguei a ponta
Tentei colá-la no lápis
Não funcionou
Que lapso!
Refiz a ponta
Ela outra vez quebrou-se
Meu espírito espantou-se
Achando que eu não nascera pra ser escritor
Quanta dor!
Pense como foi uma luta acirrada!
A folha ficou toda borrada
Ficou toda bagunçada
Toda "cagada".
Mais uma vez insisti
Pacientemente fiz de novo a ponta
Comecei a riscar
Fiz de conta
Que jamais ela quebrara
E nessa ocasião deu certo.
Consegui escrever a segunda estrofe
Depois um texto completo
Tão discreto.
Logo produzi a terceira estrofe
Pus num envelope
Dei um galope
Fiz a quarta
A quinta
A sexta
Pus na cesta
Fui longe
E hoje estou
Aqui
Ali.
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