QUINHENTOS POEMAS

Meu mundo poético está de festa
Encho quinhentos balões
Penduro-os nos pendões
Libero quinhentos perdões
Aos inúmeros amigões
Que ainda não comeram os versos
Na hora que se põe a mesa
E lá vem a sobremesa
Posta em Fortaleza
Depois em Veneza
Uruguai
Paraguai
Cuba
Pacatuba
Ilhas Salomão
Sudão
Gabão
Japão
Omã
Irã.

Estou na metade de uma unidade de milhar
São quinhentas poesias
Escritas com sinceridade
À procura de raridade
Ou rimas esquisitas
Que te chamam a refletir
Sem competir
O dom
O bom
O bem
O mau
O mal.

Chamo-te para entrar no buffet
A festa já começou
Venha!
Venha para blindarmos!
Venha!
Venha para comemorarmos!

São quinhentos poemas espalhados por aí afora
Não são quinhentos falatórios
E sim quinhentos relatórios
De coisas ricas e chiques
Em formato de estrofes
- Traga os estrogonofes!

Soltemos fogos
Soltemos logos
Soltemos rimas
Saltemos nas linhas
Saltemos nas entrelinhas
E não olhemos como as galinhas
Mas sim como as águias
Que sobrevoam as águas.

Caso alguém queira saber como consigo digitar tantos textos
É só perguntar aos meus heróis dedos que evitam pretextos
E declaram que é bem melhor digitar
Do que escrever manuscritos como outrora
Lá em Aurora
- Que vitória!

Queria fazer um pacto com meus leitores...
Queria que vocês continuassem me suportando
Para nós chegarmos à milhar
Ou hum mil poemas
mil apoenas
mil penas
Daqui para o final do ano
Se Deus quiser.

Finalmente chegamos até aqui
Sem pensar em sucumbir
Queremos subir
Não queremos sumir
Então bata palmas
Aplauda
Bata palmas
Aplauda
Não a mim
Mas aos milhares de leitores
Que gritam sim
Causando esse sucesso
Essa festa.