Não é conversa de trancoso
Oh! Não!
É sério
O mistério
Que revelarei.
Conheço uma certa criatura
A qual só abraça de ano em ano
Ou seja, na noite da passagem
Do reveillon
Usando fragrância Avon.
Ela suporta em silêncio os doze meses
Ou trezentos e sessenta e cinco dias
Sem levar em consideração o ano bissexto
O qual serve de pretexto...
A criatura vive de esperar um simples amplexo
Quer dizer: Um rico abraço
Que quase quebra o braço
Na hora da meia noite
No momento da virada
Quando desce a escada.
Acredito que ela vive contando nos dedos:
Um, dois, cem, duzentos, trezentos, trezentos e quinze...
Finalmente trezentos e sessenta e...
Cinco
Forte como zinco
Dificílimo.
Nada de brincadeira...
Enfrentar esse tempão
Apertando o coração
Em alta tensão
Na esperança dum amplexo
Na espera dum abraço
E fico perplexo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário