Vivo na rua
Como coisa crua
Durmo debaixo do viaduto
Ainda nem sou adulto.
Como lixo
Pareço bicho
Vestido de sujo
Na madrugada rujo.
Tomo banho na lama
Papelão é minha cama
Bebo água salobra
Com gosto de loba.
Meu corpo pegou coceira
Há micose na cabeleira
Cobre-me a curuba
Nem dar vontade de ouvir a Luba.
Quando gripo
Volto à lata do lixo
Pego papel higiênico usado
Assim meu nariz é assoado.
Na época do inverno
Meu viver vira inferno
Tremo de frio deitado no chão
Enquanto se rasga o coração.
Nem entendo o valor de um colo
Na podridão eu rolo
Procuro calor humano
Encontro ambiente sub-humano.
Vivo no relento
Ninguém se importa com minha pele nua
Tornei-me amigo da lua
Sou menino de rua.
Como coisa crua
Durmo debaixo do viaduto
Ainda nem sou adulto.
Como lixo
Pareço bicho
Vestido de sujo
Na madrugada rujo.
Tomo banho na lama
Papelão é minha cama
Bebo água salobra
Com gosto de loba.
Meu corpo pegou coceira
Há micose na cabeleira
Cobre-me a curuba
Nem dar vontade de ouvir a Luba.
Quando gripo
Volto à lata do lixo
Pego papel higiênico usado
Assim meu nariz é assoado.
Na época do inverno
Meu viver vira inferno
Tremo de frio deitado no chão
Enquanto se rasga o coração.
Nem entendo o valor de um colo
Na podridão eu rolo
Procuro calor humano
Encontro ambiente sub-humano.
Vivo no relento
Ninguém se importa com minha pele nua
Tornei-me amigo da lua
Sou menino de rua.
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