quarta-feira, 10 de maio de 2017

DOIS QUILÔMETROS NOS SEPARAM...



Não sei o que fiz de ruim com os dois quilômetros
Para que me castiguem
Com uma vingança cruel
Com gosto de fel
Chamada separação
De corações
Que se amam.

Tenho sofrido como nunca
Melhor seria evaporar-se
Esvaziar-se
Esvair-se
De vez.

Pareço desesperado, mas...
Por favor! Paciência comigo!
Quando estou sem abrigo
Distante do ar
Que respiro.

São simplesmente dois quilômetros que nos separam
São apenas seis minutos de mim até você
Pois já fiz os cálculos
A calculadora do amor não mente
Quando sabe o que a gente sente.

Eu bem poderia ir atrás de você
Procurar pelo menos a tua sombra
Porém não caio nessa onda
Que me sonda
Que me assombra
Quem sabe com um "fora".

Acho que corro pro mapa umas cinquenta vezes ao dia
Sabe lá se... de repente... vejo a planta...
- Que planta?
Ora, a planta dos teus pés
Caminhando nos dois quilômetros
Vindo em minha direção
Ao meu coração.

Hum! Que romântico!
Esse JB aproveita o Oceano Atlântico
Apoia-se no poder oceânico
Para poetar
Para expressar
O amor que vaga entre dois quilômetros
Medidos pelos termômetros.

Quando paro pra pensar que não são três quilômetros
Eu juro que choro
Por ser tão covarde
E não enfrentar o monstro que invade
O espaço entre nós dois.

- Já imaginou se fosse uma légua?
Nem poderia medir com régua
E diria: Égua!
Como abraçarei a estrutura angelical?

- Cara, são só dois mil metros que nos separam...
E sou tão frouxo
Que não arrocho!

Caso a distância entre nós
Fosse como de Fortaleza a Sobral
Aí soaria mal
Seria anormal
Seria fatal
Mas... Deus me poupou
Pondo somente dois quilômetros como divisa
Entre a brisa.

Dar pra ir a pé
Não cansar
Não suar
Até teu cheiro
Teu beijo
Amor inteiro
Com proteção do arcanjo Miguel
Do céu.



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