Dirigia o fusquinha vermelho em alta velocidade
Em plena rodovia da cidade
De repente...
A minha mente...
Sente...
Que algum automóvel me seguia
Como quem não quisesse nada
Eu preparei a espingarda
Suspeitando ser tentativa de assalto
Em pleno planalto
Na curva do perigo
Longe dos amigos
Próximo ao inimigo
Que circulava como raposa
Que deseja voar no galo
Cheio de calo.
Enquanto mais eu pisava no acelerador
Mais aumentava a dor
No peito esquerdo
Unida ao mau pressentimento de tiroteio
Ou de balaço certeiro
Bem na veia aorta
E de repente...
O fusca capota
Cai dentro duma horta
Mata capote
Mata caçote
Quebra pote
Pago dote
Que sorte!
Quase vi a morte.
O fusquinha ficou só os queixos, pessoal!
Somente o capô
Escapou.
Parece que estou lendo a mente fértil do meu amadíssimo (a) leitor...
O qual está curioso pra saber do rumo do outro veículo
Tenha calma
Que vou te contar
Após profundamente respirar.
O outro carro saiu voado
Em direção ao oriente
E fique ciente
Não era ladrão
Era o amor na contramão
Transportando sorriso maquiavélico
Ouvindo "As curvas da estrada de Santos"
(Na voz de Kid Abelha)
Ao invés de aproveitar o coro evangélico.
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