Morre o fofoqueiro
Naturalmente acontece o velório
Onde se toma um chazinho
Alguns batem um papinho
Outros derramam lágrimas
Outros tangem as moscas
Outros tapam o nariz
E assim dorme o defunto
Com os pés juntos
Esperando a hora
De ser levado para a cova
A prova
De que o ser humano é barro
Assim como sarro.
Morre a fofoqueira
Morre o fofoqueiro
Que adorava acender o isqueiro
Caluniar fazia bem
Criticar também.
Quando o fofoqueiro morre...
Todo mundo corre
A fim de ver o sepultamento
O caixão
Carregado no caminhão
Foi-se o valentão
Que cortava tanta gente
Igual tesoura afiada.
Quando o fofoqueiro morre...
Todo mundo corre
(Repito)
Pra ver o caixão
Levado no caminhão
- Perdão!
São dois caminhões:
Um para o corpo
Que morreu à míngua
E outro exclusivo pra transportar a língua.
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