Um dia apenas sem ver as margens do rio
É o suficiente para me entristecer
Ao anoitecer
Ao escurecer.
Bate aquela saudadezinha...
As lágrimas rolam quentinhas
Caem no canto bucal
E lembro do leito
Ou curso
Onde discurso
Com meu abdômen de urso.
Olho para o poente
Meu peito aperta
Ao pensar que estou longe do afluente
E da nascente
Do rio Waskofrajocys.
Olho para o céu
Meu peito aperta novamente
Ao vir à memória o montante
Depois o jusante
Que fazem parte da minha vida
Vida sofrida.
Quantas lembranças da confluência fluvial
Durante o período pluvial
Ao despertar matinal
Foge-se do marginal
Caindo na parte mais funda
A mais profunda
Que é talvegue.
Deito, durmo e sonho
Com a foz
Com a voz
Das águas barrentas
Das águas barulhentas.
Acordo, corro e contemplo
As duas margens do rio Waskofrajocys
As quais sofriam de solidão
Então pedi perdão
Rasguei o coração
De emoção.
Estou eu aqui
Outra vez às margens do rio
Onde sorrio
Onde me inspiro
Onde mais respiro
E depois suspiro.
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