Suponhamos que a gente cometa alguma falha num passado distante
Aí... quando chega o futuro
Ele se transforma em presente
E apenas em um instante
Corre na estante
Pega os velhos artigos
Tão antigos
Cheios de poeira
- Ufa!
O senhor presente que usa máscara e óculos escuros
Adora passar em rosto certos deslizes de outrora
Os quais pareciam apagados
Eles pareciam esquecidos
Todavia foram aquecidos
E estão vivinhos da silva
Para ver-nos derramando lágrimas
Não de crocodilos.
Eu jurava que o passado estava sepultado eternamente
E de repente...
Sinto uma pontada
Sinto uma pedrada
Na mente
Nos miolos.
O presente e o passado têm cara de covardes
Portanto quem sou eu para julgar os tempos
Que aprisionam os pensamentos
Nossos entendimentos
Até os ventos...
Às vezes os fatos aconteceram há duas décadas
Porém...
Lá se vem
O futuro
Em cima do muro
Para dilaogar com o presente
Acerca daquilo que me sufoca
Que me assassina
- Que sina!
Tudo ia bem
Até que os dois tempos verbais vieram me tirar a paz
E jamais
Serei reconstuído
Após ser destruído.
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