Não podemos viver sem esses verbos:
acordar
trabalhar
digitar
cantar
tocar
falar
pesquisar
descansar
namorar
amar
aproveitar.
Estes verbos também são importantes:
comer
beber
escrever
ver
ler
correr.
Tais verbos são indispensáveis na vida:
dormir
sentir
contribuir
repartir.
Outros verbos destacáveis:
compor
repor
expor
por.
Ninguém quer mais pensar
Todo mundo só quer anotar
Na agenda
Do celular.
Os grandes pensadores do passado
Pensaram
Imaginaram
Inventaram.
- Por que dar
Lugar
À preguiça
Mental
O mal?
Pensar faz bem
Pensar no araquém
Pensar no vai-e-vem.
Dê um chute seguro na preguiça
Faça de sua mente
Uma apoteca
- Perdão!
Eu quis dizer uma biblioteca
Uma discoteca.
Use seu tempo para pensar
Use a codificação mnemônica
Use o ato de memorizar
- Deixa o povo falar...
FÉRIA
no singular
significa dia da semana
salário do trabalhador
soma dos salários da semana
a quantia apurada das vendas num comércio.
FÉRIAS
no plural
significa período de dias em que se suspendem os trabalhos oficiais
certo número de dias seguidos para descanso
de empregados
de generais
de delegados
de professores
de estudantes
de doutores
(...)
Passei muito tempo na vida enganado
Isto é, falava gasmorra
Mas a palavra correta é masmorra
Só que eu jurava
Como existia o vocábulo "gasmorra".
Não é gasmorra
E sim masmorra
Que é uma prisão subterrânea
O calabouço
A penitenciária
O presídio
O cárcere
A cadeia.
Acho que cheguei a confundir também gasmorra
Com gangorra
Que é um aparelho para diversão infantil
Na hora do recreio estudantil.
O importante é saber que corrigi
Não falo mais gasmorra
E sim masmorra
Ou gangorra.
Talita tem apenas seis anos de idade
mas.... é uma criança tão sabida
fala super bem
é toda faceira
usa pulseira
enquanto segura a coleira
da cadelinha
a Belinha.
Quando a gente está digitando
está pesquisando
ou seja, o PC usando
a danadinha da Talita
chega de mansinho
bem caladinha
bem devagarzinho
na ponta do pé andando
e fala em nosso ouvido:
- Não posso falar alto
senão o Google me escuta
o ouvido do Google é aguçado
é apurado.
Não sei se ela descobriu isso sozinha
só sei que a menina é danadinha
muito espertinha.
- Vamos aproveitar a vida!
É momento de felicidade
Tanto no campo
Quanto na cidade
Por que chegou a sexta-feira
Ela veio descendo a ladeira.
A semana acabou
O serviço cessou
O descanso pairou
- Sextou!
Quem não gosta de sextar?
Quem odeia o final de semana?
- Hein mana?
A gente não ver a hora
De passar a segunda
A terça
A quinta
Pra sextar
Depois sabadar
Domingar.
O mundo
Não para de girar
Ele vive a rodar
Igual carrapeta
Igual capeta
Que tenta.
O mundo
Anda meio que mudo
Um pouco imundo
Cambaleante como ébrio
Ele circula
Parece mula
Braba.
O mundo
Gira no sentido antihorário
Sinistrógiro
Levógiro
Contrário
Aos ponteiros
Do relógio.
O mundo
Assemelha-se ao louco
Sem senso crítico
Com valores invertidos
E gira assim como a bola
Que não tem neurônio
Feromônio
Hormônio.
O mundo
Jaz no maligno
Não é digno
De reflexão
De cosmovisão.
O mundo
Pirou
Girou
Piorou
(...)
Parece que foi ontem
quando estávamos festejando a chegada do ano
todos comemorando
todos dançando
todos se abraçando
(...)
De repente...
O tempo voa
o vento ecoa
o relógio bate
anunciando o fim
do bimestre
do trimestre
do semestre.
- Como passou depressa!
Pra que tanta pressa?
Foi-se o primeiro semestre
agora virá o segundo
que passará num segundo
num minuto
- Adeus!
Minha irmã
morre de medo da rã
que pula sobre a lã
próxima ao pé de hortelã.
Conheço uma dama alemã
que tem nojo de rã
e foge para Amsterdã
para esconder-se na casa d'algum fã.
Sandra é anã
odeia a pobre rã
que é afegã
é campeã.
In the morning
I wake up missing you
from the city
Where do you live.
In the afternoon
The longing keeps chasing me
So I try to run away
But... I don't forget you
One minute.
In the evening
I sleep soon to forget you
the longing drown out
But dream
Kissing you
Hugging you
And she (longing)
Does not go away.
Procuro-te na rua
Vejo simplesmente a lua
Tão nua.
Procuro você no mar
Novamente enxergo o luar
E o navio a navegar.
Procuro meu amor no espaço
Contemplo um pássaro
Com canto áspero.
Procuro-te ainda na floresta
Acho uma festa
De animais que pintam a testa.
Procuro você no passado
Nada foi achado
Apenas um velho machado.
Procuro-te no porão
Lá você está não
Mas... te encontro aqui no coração
Ouvindo uma canção
De amor.
São quase onze e meia da noite
Faltam apenas trinta minutos para meia-noite
Enquanto levo açoite
Isto é, a falta de sono
A insônia.
Não poderia deixar de escrever
Pois daqui a pouco será uma nova página
Um dia inédito
Cheio de crédito
Pra vida.
Quisera eu me isolar do mundo
Quantas vezes fugi dele
Não creio mais nele
Pois está conturbado
Totalmente perturbado.
São vinte e três horas
Mais vinte e nove minutos
E conto os segundos
Para pernoitar
Talvez sonhar
Acordado.
Quem sabe verei algum anjo divino
Que virá exclusivamente ao meu encontro
Com intuito de aliviar
De massagear
A dor.
Outrora estive distante de mim mesmo
À procura dum deserto
À procura duma caverna
Para morcegar
Para cegar
O ego.
O leitor poderá não compreender
Mas... há coisa incompreensível
A qual jamais será aberta
Na esfera do universo impossível
Que nos rodeia
Não nos odeia.
Eu me chamo Leonardo Siqueira
Moro debaixo duma figueira
Ando indeciso
Acerca da vida.
Às vezes penso em viver
Outras planejo falecer
Descer
Ou subir.
- Não sei.
Talvez eu decida enricar
Entretanto empobrecer quer dialogar
Aí me perco todinho
Tomo todynho.
Navego na web
Quero naufragar
Não sei nadar
Vou-me afogar
Vou-me afobar.
Tranco os olhos
Nada almejo olhar
Começo a pensar
Preciso amar
Alguém
De verdade
De novo.
Nasce certa angústia
Perco o ânimo de andar
Só que... venho digitar
A energia vai se renovar
E por causa de meus visualizadores
Isto é, os meus famosos (as) leitores
Prosseguirei
Bandeira branca não levantarei.
Chibatada
chicotada
chibata
cabeça de chibata
dar a impressão
de palavrão
de coisa chula
(depende do cérebro de cada um)
Chibata
é uma tira de couro em uma vara fina
uma vara comprida
de junco
de cipó
usada para golpear
ou castigar
cavalos
(que malvadeza!)
Na Bahia
chibata
é uma varinha delgada
uma varinha flexível
para bater em animais
ou até pessoas
(que horror!)
Chibatada
é um golpe vibrado com chibata
enquanto alguém desesperadamente grita:
- Não bata!
Assim tu mata!
Revolta da Chibata
foi um motim naval no Rio de Janeiro
ocorrido em mil novecentos e dez
onde foram usadas
chibatadas
por oficiais navais brancos
ao punir marinheiros afro-brasileiros
e mulatos
(Triste, né?)
Concluindo...
Tanto chibatada
quanto chibata
lembram peia
castigo
inimigo
carrasco
etc.
Caio pelo chão
Machuco o dedão
Porém você me levanta
E vamos pra janta
Ou seja, o jantar
Que está na mesa.
Morro de chorar
As lágrimas descem
Elas molham o rosto
E com gosto
Você me consola
Enxuga minha cara.
Adoeço gravemente
Vou para a UTI
Você se preocupa
Ao me ver sofrendo da mente
Então não me larga um instante
Faz-me companhia no hospital.
Gemo de dor
Você com amor
Responde ao meu clamor
Sente minha angústia
Jamais me abandona
És minha dona.
Estou me sentindo
um objeto
um dejeto
(...)
Estou me sentindo
uma desgraça
sem graça
(...)
Estou me sentindo
um pesadelo
um feio cabelo
(...)
Estou me sentindo
uma poça de lama
uma suja cama
(...)
Estou me sentindo
um piolho
sem olho
(...)
Depois que nos separamos
Jamais fomos vistos um pelo outro
Até parece que ficamos inimigos
Até parece que deixamos de ser amigos.
Você tomou um chá de sumiço
Eu tornei-me ainda mais omisso
Então somos separados pelo orgulho
- Né?
Eu qui
Você aí
Com egos
Tão cegos.
Nem sequer um "olá"
Nada de mensagens
Nada de imagens
Nenhum telefonema
Para irmos ao cinema
Assistir um filme.
Eu me humilho
Eu sou capaz de pedir perdão
E meus leitores de prova estão
Que... falo de coração
E não tenho razão
Para fingir.
Apenas uma coisa queria saber:
- Como vai você?
Deixa-me saber!
Ricardo trabalha e ganha bem
Porém só anda maltrapilho
Senta-se no sujo trilho
A roupa fica imunda
E fedorenta.
Ricardo sai de casa com roupas rasgadas
Adora vestir-se com andrajos
Ou seja, farrapos
Trapos
Fiapos.
Mês passado
Ricardo foi à loja comprar uma geladeira nova
Chegando ao estabeleciento
Não recebeu bom atendimento
Foi rejeitado
Por estar esfarrapado
- Coitado!
Quando Ricardo foi deixando a loja
Algum vendedor puxou-lhe (pelo braço) para ver uma geladeira zerada
Mas... ele raivosamente tirou o bolão de dinheiro do bolso
E disse que iria comprar em outro lugar
Pois fora mal recebido
Quando tinha grana pra pagar à vista.
Ricardo saiu da loja fumaçando
Ele saiu gritando:
- Posso ser pelintra
Todavia não sou pilantra
Para me desprezarem.
Estou morrendo de saudade
dos seus beijos
de sua boca
de seus lábios
de seus dentes
de seu sorriso
(...)
Outra vez
estou morrendo de saudade
de você na cidade
de sua sinceridade
de sua idade
(...)
Estou morrendo de saudade
de seus olhos
de suas orelhas
de seu corpo
de sua voz
do seu carinho
(...)
Olho-me no espelho fico espantado tão assustado. Corro para o quintal olho-me em outro espelho e lá vejo o mal. Repito a olhada do espelho...
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