Eu era nada
Falava asneira
Falava besteira
Igual palhaço
Na praça.
Ninguém dava nada por mim
Eu era um zé-ninguém
Um zero à esquerda
Só tinha perda.
Para fugir da monotonia
Eu enchia a cara
Ficava em outro estado
Caía na calçada
Provocava
E ali dormia.
A molecada ria de mim
E meu único rim
Sofria
Ardia
De dor.
Eu parecia um lixo
Sei lá... um bicho
Cheio de chagas
De pragas
No corpo.
Diziam que eu estava sem jeito
Pus a mão no peito
Deitado no leito
Dialoguei com JESUS
E Ele não se importou com meus defeitos
Ele me amou
Ele me perdoou
Ele me salvou.
Hoje sou página virada
Alma aliviada
Não mais condenado
Angustiado.
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